Respeitando todas as determinações e decretos vigentes, sementeiras operam para evitar desabastecimento de indústrias
A revista Seed News conversou com produtores de sementes de soja de diversas regiões do Brasil, entre eles, Airton Francisco de Jesus, diretor de Produção e Comercial da Sementes Jotabasso, para entender quais as medidas tomadas para que a atividade continue em funcionamento, respeitando todas as determinações exigidas pelos órgãos de segurança.
Abaixo, com autorização da revista, dirigida pelo jornalista Silmar Peske, reproduzimos os principais trechos da reportagem, publicada hoje nas redes sociais da publicação.
“A revista Seed News possui, como parceiros, vários produtores de sementes que neste momento do Coronavírus, estão sob forte pressão para abastecer o país com a matéria-prima essencial para alimentação, a qual é a semente.
Felizmente, o governo considerou a agricultura como atividade essencial, o que ajuda em grande parte, na condução dos processos de produção, tecnologia de pós colheita, avaliação de qualidade e de logística.
Em relação a semente de soja com uma necessidade nacional de praticamente 2 milhões de toneladas/ano, os trabalhos atuais estão focados estão focados na colheita, pois no Sul ainda falta mais de 50% da área a ser colhida, enquanto que no Mato Grosso está praticamente terminada.
Conforme contato com produtores de diversas áreas, as equipes de pessoal foram treinadas quanto aos cuidados higiênicos e conscientizados em relação aos meios de transmissão de doença. Os procedimentos para minimizar o contágio também estão sendo tomados, como turno de trabalho com equipes reduzidas, proibição de visitas as unidades, maior disponibilidade de pias e facilidade de alojamento para minimizar a saída de pessoal do ambiente de trabalho, dentre outras iniciativas.
Um dos grandes inconvenientes da colheita está na logística, pois algumas áreas de produção situam-se distantes das sedes, requerendo transporte intermunicipal ou inclusive interestadual e caminhões em abundância, o que dificulta o processo, por motivos de permissão especial de idade dos caminhoneiros, pois muitos possuem mais de 60 anos.
A colheita é a fase mais crítica de produção de sementes, pois esta não pode esperar, mas parece que os produtores de sementes conseguiram se ajustar e trazer praticamente toda sua produção planificada para as unidades de beneficiamento de sementes. Felizmente, a colheita é realizada ao ar livre, minimizando risco de contágio.
Os processos de limpeza, classificação, tratamento de sementes e análise de qualidade podem ser conduzidos de forma menos pressionadas, pois enquanto a colheita é realizada em cerca de 30 dias, as tecnologias de pós-colheita podem ser realizadas num período de 90 a 120 dias, permitindo um ajuste adequado, sem perda de qualidade.”
Para conferir a matéria na íntegra, clique aqui.