Qual a cultivar ideal para minha região?

Escolha da variedade é fator determinante na hora de planejar a lavoura

A semente é o principal insumo da lavoura e, atualmente, existem mais de 500 tipos de cultivares disponíveis no mercado em todo Brasil. Para escolher a mais adequada, o produtor rural deve pesquisar e identificar aquela que melhor se adaptada à região em que será semeada. Para isso, o engenheiro agrônomo da Jotabasso, Edmar Dantas, orienta sobre como fazer essa escolha.

Inclusive, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) possui uma lista com as cultivares indicadas para cada área e, anualmente, lança uma portaria onde é definida uma gama de cultivares que o agricultor pode usar.

O agricultor, por sua vez, conhecendo a semente ideal para sua região, pode pensar no sistema de plantio que seguirá. Se o produtor costuma plantar alguma cultura de inverno ou milho segunda safra, o ciclo das cultivares é algo que também precisa ser levado em conta, como explica Dantas.

“O produtor é o principal ator para obter uma boa produtividade na sua lavoura. Precisa ter um bom planejamento antes da escolha da cultivar. Começa pelo sistema de cultivo dele, se é sistema de plantio direto, onde ele tem rotação de cultura, onde tem palha e raízes”, antecipa o agrônomo.

Além disso, as diferenças entre as cultivares de soja disponíveis no mercado para semeadura em cada região podem variar em rendimento e fazer com que as mais produtivas em um determinado ano, não sejam tão produtivas no próximo e vice-versa.

Fatores determinantes

“As cultivares de soja são classificadas por grupo de maturidade relativa em função da latitude. Ou seja, no Brasil, temos lá perto da linha do Equador latitude 0, e conforme viemos para o sul, a latitude chega em torno de 30 graus. No Mato Grosso, com latitude de 20 a 22, o grupo de maturidade pode variar de 5 a 7, são variedades mais precoces, são para latitudes maiores, como a nossa”, detalha o especialista.

“Enquanto isso, variedades para um grupo de maturidade de 8 ou 9 são para latitudes próximas de zero. É importante levar tudo isso em consideração, essa parte de clima e radiação solar, pois a semente sofre interferência do genótipo em função dessas latitudes, que se comportam de maneira diferente. Então por isso que, para cada região do Brasil, existem grupos de maturação diferentes”, acrescenta Dantas.

Onde buscar informações

“As empresas obtentoras devem fornecer informações sobre características, grupo de maturação, recomendação de solo onde se adapta determinada cultivar. A Sementes Jotabasso é uma multiplicadora de tecnologias disponibilizadas por obtentoras e, assim, também auxilia seus clientes na busca pela melhor opção de cultivar para as regiões que ela atende”, explica o agrônomo.

“Outra fonte de informação a qual o produtor deve ter acesso são as instituições de pesquisas. Essas entidades testam as cultivares recomendadas para uma determinada região e observam seu genótipo e fenótipo, que formam seu aspecto visual, e como essas interagem com o ambiente. Então ali é possível começar a definir qual a melhor época de semeadura, qual a cultivar preferencial para o mês de setembro por exemplo, início de outubro ou final, qual tolera plantio antecipado, enfim, e levando em consideração tudo isso devido à interferência do fotoperíodo”, enfatiza Dantas.

Uma vez escolhida a melhor cultivar para a propriedade, o produtor deve ter uma boa gestão nos processos de produção, bom planejamento, buscar uma empresa idônea para garantir uma semente de qualidade, boa semeadura – sem falhas – além da época correta com o manejo eficaz e, assim, obter uma germinação e emergência uniforme.

“Sem dúvida, escolher a cultivar adequada vai ajudar a definir o sucesso – ou não – da produção”, finaliza o agrônomo da Jotabasso.

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