O papel do engenheiro agrônomo no mundo contemporâneo

Com 24 anos de trabalho dedicados à gestão da qualidade e evolução das cultivares, Edmar Dantas fala sobre quais são as habilidades procuradas nos engenheiros agrônomos de hoje

O constante crescimento do agronegócio na economia brasileira tem valorizado, cada vez mais, o trabalho do engenheiro agrônomo. O papel deste profissional dentro da porteira tem sido decisivo para que o Brasil atingisse o posto de terceiro maior exportador agrícola do mundo, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Desde 12 de outubro de 1933, quando a profissão foi regulamentada no país, o engenheiro agrônomo ganhou inúmeras atribuições e vem auxiliando no fortalecimento da agricultura brasileira. A agronomia passou a pensar a agricultura não apenas do ponto de vista econômico e produtivo, mas também do sustentável.

De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), existem no Brasil mais de 105.293 engenheiros agrônomos formados por diferentes instituições, que somam 534 Universidades em todo país. Após um curso que tem duração de cinco anos, o agrônomo está apto a trabalhar em centros de pesquisas, entidades ou empresas agrícolas. Esse último foi o caminho escolhido por Edmar Lopes Dantas, engenheiro agrônomo da Jotabasso, que há 24 anos dedica seu trabalho à gestão da qualidade e evolução das cultivares. 

Formado pela Universidade Federal de Santa Maria, Mestre pela Universidade Federal de Pelotas e Especialista em Manejo de Solo pela Escola Superior de Agricultura \”Luiz de Queiroz\” (ESALQ), Edmar Lopes é um apaixonado pela profissão. “Nasci e cresci no campo, então sempre gostei da atividade rural, do contato com a natureza. Além de ter um bom conhecimento e responsabilidade, o bom profissional também tem que ter paixão pelo que faz”, destaca Edmar. 

Assim como em qualquer atividade, o engenheiro agrônomo também precisa estar atento às inovações tecnológicas e às questões de gestão e monitoramento de cenário a médio e longo prazo, como reforça Edmar. “Ter inteligência de mercado, ser multidisciplinar, ter capacitação para usar as novas tecnologias são obrigações do perfil do agrônomo contemporâneo. Ele precisa ter domínio da tecnologia de precisão e mesmo nas novas máquinas, imagens de satélite, mapas de colheita, enfim. Assumimos um papel importante nas empresas de agronegócio e junto ao produtor, desde o planejamento da lavoura, assistência técnica, sistema de produção até a execução das atividades”.

Além da importância no aspecto econômico da atividade agrícola para atender a demanda de consumidores mais exigentes por produtos de qualidade, ainda existe a contribuição social do agrônomo na produção de alimentos. Vale lembrar que, segundo números da FAO, até 2050 será preciso aumentar em 70% a produção de alimentos para abastecer a crescente população. “Isso aumenta nossa responsabilidade, em transferir nosso conhecimento e nossa consultoria, usando da melhor forma os recursos naturais, sócio e ambientalmente”, explica o agrônomo.

Para o futuro, a tendência é que a profissão de engenheiro agrônomo assuma ainda mais importância, sendo que temos uma fronteira agrícola inexplorada de mais de 150 milhões de hectares e somos vistos internacionalmente como o país com o maior potencial mundial de produção de alimentos. “Quando me formei, tinha um ditado que seríamos os profissionais do futuro, principalmente pela ciência de cultivar o solo. Hoje não tenho dúvida que nossa missão é auxiliar no aumento da produtividade de forma sustentável e rentável, sem esquecer da segurança alimentar”, conclui Edmar.

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