Sanidade de sementes e rotação de cultura podem definir o sucesso da lavoura

Aliado à semente de qualidade, o solo também é fator determinante para uma boa produtividade

A colheita da soja está em pleno andamento em vários estados do Brasil, principalmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É neste momento que o produtor começa a computar e perceber os resultados na lavoura, após executar todos os processos de plantio. É momento também do produtor colher literalmente os benefícios ou prejuízos de uma lavoura com solo fértil e a utilização de uma semente com qualidade e vigor. As sementes de alto vigor apresentam um desempenho superior nas lavouras, favorecendo a expressão do potencial genético de cada variedade e garantindo agilidade no desenvolvimento das plantas, mesmo em condições de estresse relacionadas ao clima, fungos, pragas e doenças.

Aliado à semente de qualidade, o solo também é fator determinante para uma boa produtividade. No Brasil, o sistema plantio direto utilizado na maior parte das lavouras, deixa restos culturais na superfície do solo, que podem criar condições favoráveis à sobrevivência e multiplicação de algumas pragas que atacam as culturas e de alguns patógenos causadores de doenças às plantas cultivadas.

Estratégias favoráveis

Para minimizar esses problemas, a rotação de culturas é uma alternativa eficaz, unida à utilização de sementes sadias. Há a necessidade de que a cultura anterior a principal seja boa produtora e mantenha uma cobertura vegetal. A rotação de culturas, baseada em gramíneas tanto no verão quanto no inverno, reduz a fonte de inóculo proveniente da palhada, além de evitar um empobrecimento nutricional do solo, com plantas que absorvem sempre os mesmos nutrientes.

O professor Luiz Carlos Ferreira de Souza, da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Mato Grosso do Sul, ressalta que o sistema de monocultura funciona, mas para ter outros atributos de solo, o sistema de rotação de culturas é importante para minimizar o desgaste do solo.

Em função da rotatividade de raiz, a rotação também auxilia na descompactação do solo, como explica o professor. “A base de tudo é o solo. O clima influencia, mas se você não tiver uma construção do solo, não adianta, pois sempre é preciso restabelecer o equilíbrio biológico do solo. Só plantando soja e milho até se pode produzir bem por 20, 30 anos, mas se incluirmos outras culturas de rotação se cria uma sustentabilidade de produção na lavoura”, afirma.

De acordo com o especialista, pesquisas vem demonstrando os benefícios em realizar a rotação de culturas, que apontam expressivos ganhos de produtividade. Além da soja no verão e o milho na segunda safra, outros sistemas têm se demonstrado eficientes, como o plantio de milho na segunda safra consorciado com braquiária, que melhora muito a fertilidade do solo, devido à palha e a característica da raiz da braquiária. Essa variação de espécies cultivadas faz com que os herbicidas utilizados sejam de diferentes grupos químicos, reduzindo a incidência de plantas daninhas resistentes.

Aliados

Quanto às sementes, a qualidade do material utilizado é que irá determinar o sucesso da lavoura, tendo em vista que a maioria dos produtores brasileiros devem investir no solo para aumentar a produtividade sem expandir a área plantada.

“Hoje o produtor já se preocupa mais com o arranque inicial da planta, determinado pelo vigor da semente, que é importante. Antes se preocupavam só com a germinação, não se discutia sobre vigor da semente. Hoje as empresas levam muito a sério a questão do vigor, então não há dúvidas que a qualidade da semente é fator fundamental. É isso que está melhorando a produtividade. E nisso a Sementes Jotabasso é um modelo, com áreas plantadas com braquiária e aveia preta, por exemplo, intercalando as culturas. Unindo uma semente de alto vigor com a rotação de culturas adequada, há uma construção gradativa no aumento produtividade”, finaliza o professor.

Você pode gostar também

.