Conheça seis práticas para a conservação do solo na agricultura

Alcance alta produtividade na lavoura fazendo uso responsável do solo

O Brasil reserva 66% do seu território nativo, como áreas de proteção e preservação da vegetação nativa e utiliza apenas 7,6% do seu território para o plantio de safras anuais, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA). Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Conservação do Solo, indicamos seis práticas para a conservação e uso responsável do solo.

“Vários órgãos de pesquisa, entre outras entidades, recomendam um grupo de sábias práticas para o uso dos recursos naturais. Essas atitudes auxiliam na produtividade saudável do solo”, contextualiza o responsável técnico da Sementes Jotabasso, o engenheiro agrônomo Edmar Dantas, da unidade de Ponta Porã (MS).

São várias as medidas que fazem parte das Boas Práticas Agrícolas Sociambientais (BPAS) e iremos indicar seis delas, todas praticadas pela Sementes Jotabasso:

1 – Manejo da paisagem e conservação da água – “O agricultor deve planejar sua área produtiva sem desmatar as APPs (áreas de preservação permanente). Com a manutenção das APPs e conservação dos recursos hídricos, aumenta-se a produtividade na propriedade e melhora-se a estrutura do solo, descompactando-o. Isso possibilita uma maior aeração, aumentando a capacidade de armazenamento de água no solo através do sistema plantio direto com rotação de cultura. Em consequência, reduz-se a infestação de ervas indesejáveis e a incidência de pragas. Com menor custo com defensivos, há mais eficiência na adubação”, explica o agrônomo.

2 – Adubação verde – “Na Jotabasso usamos principalmente a aveia branca como adubo verde, além das braquiárias e milheto. Essa prática consiste na semeadura de plantas capazes de fixar nitrogênio atmosférico e incorporá-lo ao solo em rotação de culturas.  Essa prática melhora significativamente os atributos químicos, físicos e biológicos do solo, além da ciclagem de nutrientes, do aumento da capacidade de armazenagem de água e da atividade biológica do solo, promoção do sequestro de carbono, redução na infestação de plantas daninhas e agentes patógenos do solo além de diminuir a evapotranspiração, uma vez que o solo está coberto ”, afirma Dantas.

3 – Plantio direto – “No plantio direto, a semeadura é feita diretamente na palhada, uma prática executada na Jotabasso. Essa técnica confere cobertura ao solo que é fundamental para evitar a erosão. Além do sistema de plantio direto, a utilização de semeadura em nível, para que a água da chuva fique na propriedade, fazem parte das boas práticas agrícolas”, amplia o agrônomo. O sistema de plantio direto também dificulta a evaporação de água, aumentando a umidade do solo, tornando o sistema mais equilibrado e com maior capacidade de suportar períodos de déficit hídricos, principalmente durante uma longa estiagem.  A palhada, ao se degradar, aumenta a ciclagem de nutrientes incrementando o teor de nutrientes e melhorando a fertilidade do solo, aumentando a produtividade dessa forma”, analisa o responsável técnico da Jotabasso.

4 – Integração lavoura-pecuária (ILP) – A ILP é um sistema onde áreas de pastagem de baixa produtividade são utilizadas no cultivo de grãos melhorando toda a parte química, física e biológica do solo. O cultivo de braquiária de maneira alternada, por exemplo, melhora o solo, tornando-o mais produtivo. Com isso, melhora-se a cobertura do solo e a cultura ainda serve de alimentação para o gado durante o período de entressafra, quando a pastagem costuma sofrer com períodos de estiagem.

5 – Rotação de cultura – “Alternar as culturas é eficaz para ter uma melhor reciclagem de nutrientes e sair daquela ‘dobradinha soja e milho’, que pode esgotar, reduzindo a matéria orgânica do solo. Quando você coloca outras culturas no sistema, você tem uma melhor utilização dos nutrientes”, afirma Dantas. “Como já mencionado, na Jotabasso além do milheto, braquiária e da aveia, a soja, o milho e o sorgo também são usados para rotação”, completa. Além de repor matéria orgânica do solo, a rotação ainda ajuda no controle de planta daninhas, doenças e pragas, melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo, e ajuda na viabilidade do sistema de plantio direto.

6 – Compostagem – A compostagem se caracteriza pela utilização de resíduos nas áreas agricultáveis como adubo. São sobras do beneficiamento de soja, milho, aveia e sorgo, usadas para a produção da compostagem e, posteriormente, sua aplicação no solo da lavoura. A compostagem também melhora a qualidade do solo, ajudando a repor nutrientes por meio da matéria orgânica. Também favorece os microorganismos benéficos, diminuindo o uso de químicos.

Você pode gostar também

.